sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Comunicado Polo Rio Bananal aos alunos

Prezados Acadêmicos,

Tendo em vista as fortes chuvas que deixaram um rastro de destruição no município de Rio Bananal - ES, alguns boatos já surgiram com relação ao Polo de Educação a Distância da FAEL neste município.
Evidente que ao sofrer com essa catástrofe temos que olhar e fazer um levantamento das perdas que tivemos e traçar um novo plano para superar esse novo desafio, não será uma tarefa fácil, mas não será impossível.
Quero tranquilizar a todas as alunas que iremos continuar com as atividades normalmente em 2014, serão refeitos alguns projetos, diminuiremos alguns custos, mas manteremos nosso atendimento na medida do possível para garantir as alunas o cumprimento do curso, bem como receber novos alunos nos próximos anos.
Juntos venceremos essa batalha, todos os moradores, dessa querida e amada cidade que é Rio Bananal.
Também gostaria de informar que o nosso recesso será um pouco maior do que o previsto, até para nossa organização e reparos no prédio do polo. Estaremos trabalhando internamente para que isso aconteça, mas no período de 23/12/2013 a 19/01/2014 não teremos nosso serviço completo de atendimento.
A partir de 20/01/2013 estaremos atendendo dentro das possibilidades no horário das 14h às 18h.
Qualquer dúvida ou informação podem entrar em contato conosco pelos telefones já conhecidos, e qualquer nova informação estaremos publicando neste espaço.
No mais desejamos um Feliz Natal e um 2014 cheio de realizações.

Atenciosamente

Edevaldo Giuriato
Assistente Acadêmico

Welder Bindaco
Coordenador de Atividades


quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

FAEL se solidariza a Rio Bananal


FAEL
 
Prezados colaboradores,
Nesta semana, quatro rios transbordaram e inundaram Rio Bananal, cidade localizada no Norte do Espírito Santo.
A enchente (a pior dos últimos 34 anos) foi devastadora e muitos moradores estão desabrigados e desalojados.
Para auxiliar a população, a FAEL, que possui polo de apoio presencial na localidade, pede o apoio de todos para o envio de doações: alimentos, materiais de limpeza e higiene (com urgência: roupas e colchões).
As doações podem ser encaminhadas para o CRAS de Rio Bananal ou para nosso polo de apoio, nos endereços listados abaixo:
Endereço do CRAS:
Rua Padre Alessandro Ferloni, S/N – Centro – Rio Bananal – ES
CEP: 29920-000 – Em frente à Escola Estadual

Endereço do Polo:
Avenida 14 de Setembro, 435 – Bairro São Sebastião – Rio Bananal – ES
CEP: 29920-000

Você também pode auxiliar a população local pelo site: www.riobananalpedeajuda.com.
Contamos com a solidariedade e colaboração de todos nesse momento de reconstrução da cidade, ressaltando que toda e qualquer ajuda será muito bem-vinda!
Agradecemos o apoio!
FAEL

Sistema da FAEL passará por manutenção

Prezados alunos,

Visando à melhoria da qualidade dos serviços prestados pela FAEL, o setor de Tecnologia de Informação promoverá a manutenção dos seus equipamentos no período entre 23/12/2013 e 12/01/2014.

Por este motivo, alguns serviços estarão indisponíveis ou poderão apresentar instabilidade no período acima destacado.
Abaixo, segue a lista dos principais sistemas a serem disponibilizados em ordem de prioridade:
  • Site FAEL;
  • Sistema de inscrições;
  • Intranet;
  • Atendimento (SB3);
  • Moodle;
  • SubSistemas (boletos, consulta de notas, matrícula, parceiros);
  • Lyceum Client (secretaria);
  • Demais sistemas internos e externos.
Contamos com a compreensão de todos.

Atenciosamente,
FAEL

Ganhadores da Promoção Aproveite Já - Polo FAEL

Mesmo em meio a todos os transtornos vividos nesta semana em nossa cidade. O Polo FAEL Rio Bananal realizou o sorteio da Promoção Aproveite JÁ na tarde desta quinta (19/12).
Os ganhadores da Promoção foram:

MIX - Ludimila Farias
MISTEIRA - Lorena Entringer Lameira
PEN DRIVE - Jaciara Simoura
TABLET - Joice Chaider

Parabéns aos Ganhadores.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Vestibular 2014: FAEL passa a ofertar Curso de Administração em seus polos presenciais

A Faculdade Educacional da Lapa - FAEL, passa a ofertar em seus polos o curso superior de bacharelado em Administração que foi especialmente desenvolvido com base em uma estrutura curricular dinâmica e flexível, com um padrão de excelência que consolida a formação intelectual e estimula o senso crítico, formando profissionais por meio da educação, capazes de propor mudanças sensíveis para a melhoria contínua da população.
Ofertada na modalidade de ensino a distância, que proporciona autonomia de estudos e gerenciamento do tempo, a graduação em administração pretende atender a demanda de formação profissional consistente, preparando profissionais para atuarem em todas as áreas do mercado de trabalho.
Para isso, a FAEL possui um programa curricular que permite oferecer conhecimentos gerais e específicos, bem como proporcionar a construção contínua de novos conhecimentos, mediante o confronto permanente com as experiências elaboradas em outros espaços de aprendizagens.
Durante o curso, o acadêmico poderá utilizar os conhecimentos teóricos às suas vivências cotidianas, já que a metodologia da FAEL visa à integração entre teoria e prática, por serem dimensões indissociáveis.
Esta integração ocorre nos workshops, que são encontros presenciais no polo de apoio presencial ou na sede da FAEL, cuja finalidade principal é colocar os alunos em situações de reflexão efetiva sobre a prática profissional.
Ressalta-se que o curso superior atende as exigências do MEC, as diretrizes da legislação educacional vigente e o plano de desenvolvimento institucional da FAEL.
No Polo De Rio Bananal-ES a partir de então ocorre a oferta de Cursos de Graduação em Administração  e Pedagogia e uma série de cursos de Pós-Graduação, acesse www.fael.edu.br e conheça mais detalhes dos cursos.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Informações sobre Dependência



Prezados alunos,
Conforme o Regimento Interno da FAEL, o aluno reprovado em disciplinas regulares pode se matricular em até três disciplinas em regime de dependência, a cada período.
Até o ano de 2013, todas as solicitações para matrícula em disciplinas no regime de dependência foram atendidas sem gerar qualquer custo para os requerentes.
A partir do ano de 2014, as disciplinas em regime de dependência serão cobradas e terão duração idêntica a dos períodos letivos bimestrais, exceto a disciplina Estágio Supervisionado.
Considerando a mudança de metodologia e para dar oportunidade aos alunos para que concluam suas disciplinas reprovadas, cursando-as em regime de dependência, solicitamos aos alunos do Curso de Pedagogia – EAD, para que verifiquem no Sistema Acadêmico (na opção: “Histórico Acadêmico”), as disciplinas que constam como reprovadas e realizem a matrícula em regime de dependência antes do término da vigência do contrato atual.
As disciplinas em regime de dependência, cursadas com aproveitamento até o dia 28/02/2014 não terão custo. Após essa data, todos os alunos que não tiverem concluído suas disciplinas somente poderão regularizá-las na nova metodologia para matrícula de disciplinas em regime de dependência.
Para o esclarecimento de eventuais dúvidas, solicitamos entrar em contato com o Atendimento pelo telefone: 0800 704 4 955 ou via e-mail: atendimento@fael.edu.br.
Atenciosamente,
FAEL

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Comunicado: Instabilidade do Sistema FAEL

Prezados alunos,

Face a instabilidade vivenciada no Sistema da FAEL nos últimos dias, informamos que os processos de realização de atividades avaliativas presenciais (discursivas) e avaliação online devem ser reagendadas para o período de 25 a 29/11/2013.
Contamos com a compreensão de todos.

Atenciosamente,
Coordenação Pedagógica

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

PLÁGIO ACADÊMICO: CONHECER PARA COMBATER



A prática de plágio tem sido comum em diversas publicações científicas e precisa ser combatida. Com o objetivo de informar os profissionais, docentes e
discentes dos cursos e programas de ensino coordenados pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) sobre o conceito, modalidades, implicações éticas e legais da prática do plágio acadêmico, a
Coordenação de Educação (CEDC) selecionou alguns destaques sobre o tema.

1) O QUE É PLÁGIO?
Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, plágio “é a apresentação feita por alguém, como de sua própria autoria, de trabalho, obra intelectual etc.
produzidos por outrem".1 A palavra provém do termo em latim plagium que quer dizer FURTO.
Assim, ocorre plágio nas obras acadêmicas quando alguém apresenta ou assina como seu, em todo ou em parte, texto, representação grá_ca, imagem ou qualquer outro tipo de produção intelectual de outra pessoa, sem o devido crédito, mesmo que involuntariamente.

2) QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS MODALIDADES DE PLÁGIO ACADÊMICO?2
Plágio direto: cópia literal do texto original, sem referência ao autor e sem indicar que é uma citação.
Plágio indireto: reprodução, com as próprias palavras, das ideias de um texto original (paráfrase), sem indicação da fonte.
Plágio de fontes: utilização das fontes de um autor consultado (fontes secundárias) como se tivessem sido consultadas em primeira mão.
Plágio consentido: apresentação ou assinatura de trabalho alheio como de autoria própria, com anuência do verdadeiro autor.
Autoplágio: reapresentação, como se fosse original, de trabalho de própria autoria (em todo ou em parte).

3) PLÁGIO É CRIME?
SIM. A violação dos direitos aurorais é CRIME previsto no artigo 184 do Código Penal3, com punição que vai desde o pagamento de multa até a reclusão de quatro anos, dependendo da extensão e da forma como o direito do autor foi violado.
Além das penalidades citadas e da desmoralização acadêmica, o plagiário estará sujeito a sanções cíveis, como retratação pública e indenização pecuniária por dano moral e/ou patrimonial, e também a sanções administrativas, que podem chegar à reprovação/ desligamento da instituição, no caso de estudantes, e demissão, no caso de professores/pesquisadores.

4) CITAR CORRETAMENTE É PLÁGIO?
NÃO. Toda pesquisa contém citações e o ato de citar corretamente não configura plágio. Contudo, não basta apenas citar a obra e o autor ao final do texto, é necessário dar o tratamento adequado à citação, segundo as normas NBR 10520:20024 e NBR 6023:20025, da Associação Brasileira de Normas Técnicas.

5) O QUE DIZ A LEI?
Constituição da República Federativa do Brasil:
Art. 5º, inciso XXVII. “aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, (...).”

Código Civil:
Art. 1.228. “O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.”

Código Penal:
Art. 184, e seus parágrafos. Define a violação dos direitos autorais como crime, com previsão de punição que varia de multa à reclusão de até quatro anos.

Lei nº 9.610/98 (Lei do Direito Autoral - LDA):
Art. 7º. De_ne o rol de obras intelectuais protegidas pela lei, que vão desde grandes conferências até pequenas gravuras, conceituando obras intelectuais como “criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro”.

Lei nº 9.610/98 (Lei do Direito Autoral - LDA): (cont.)
Art. 22 a 24. De_nem como pertencentes ao autor os direitos morais e patrimoniais sobre a sua criação, conceituando direitos morais como o direito: “[...] de reivindicar, a qualquer tempo, a autoria da obra”; “[...] de ter seu nome, pseudônimo ou sinal convencional indicado ou anunciado, como sendo o do autor, na utilização de sua obra”; e “[...] de conservar a obra inédita”.
Art. 29. Determina que “depende de autorização prévia e expressa do autor a utilização da obra, por quaisquer modalidades, tais como:” “[...] a reprodução parcial ou integral”; “[...] a edição; adaptação, o arranjo musical e quaisquer outras transformações”; ou “[...] a tradução para qualquer idioma”.
Art. 33. Proíbe a reprodução de obra que não pertença ao domínio público, a pretexto de anotá-la, comentá-la ou melhorá-la, sem permissão do autor.
Art. 46, inciso III. Define que não constitui violação dos direitos autorais, “[...] a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para ofim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra [...]”

REFERÊNCIAS:
1. HOUAISS, Antonio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2007.
CD ROM, Versão 2.0a.

2. KROKOSCZ, M. Plágio.net. Disponível em: < http://www.plagio.net.br>.
Acesso em 27 setembro 2011.

3. BRASIL. Código Penal: Decreto-Lei 2.848/1940. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, 31 dez. 1940.

4. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 10520:

informação e documentação:- citações em documentos: apresentação.
Rio de Janeiro, 2002a.

5. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6023:
informação e documentação:- referências:- elaboração. Rio de Janeiro,
2002b.
6. BRASIL. Constituição Federal (1988). Diário Oficial da União, Brasília, DF,
5 out. 1988a.

7. BRASIL. Código Civil: Lei 10.406/2002. Diário Ofiial da União, Brasília,
DF, 11 jan. 2002.

8. BRASIL. Lei 9.610/1998. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 fev.
1998b.

Texto extraído de:
Acesso em 20/11/2013

MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA O 16º WORKSHOP


MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA O 16º WORKSHOP
Fita adesiva
Giz
Lendas e Contos africanos (Deverão ser pesquisados pelos acadêmicos previamente, a FAEL tem algumas sugestões, conforme abaixo).
Canetinhas
Lápis de cor
Cartolina
Papel colorido
Tesoura
Lantejola
Botão
Cola quente
Cola fitas de tecido
Miçangas
Grampeador
Enfim tudo que possa ser utilizado para produzir um livro infantil bem criativo.

O material poderá ser por grupo de até 4 componentes.

Lendas ou contos:
YNARI, A MENINA DAS
CINCO TRANÇAS
Era uma vez uma menina que tinha cinco
tranças lindas e se chamava Ynari. Ela gostava
muito de passear perto de sua aldeia, ver o
campo, ouvir os passarinhos e sentar-se junto à
margem do rio.
Certa tarde, já o Sol se punha, Ynari ouviu um
barulho.
Não eram os peixes a saltar na água, não era
o cágado que às vezes lhe fazia companhia, nem
era um passarinho verde. Do capim alto saiu um
homem muito pequenino com um sorriso muito
grande. E embora ele não fosse do tamanho dos
homens da aldeia de Ynari, ela não se assustou. O
homem muito pequenino andava devagarinho e
devagarinho se aproximou. (...) Estavam assim os
dois conversando sobre as palavras, a importância
que as palavras tinham na vida de cada um, como
as usavam, quando as usavam, com quem as
usavam, e que signi_ cados tinham para o coração
de cada um deles.
Ynari tentou explicar-lhe que havia palavras
que para ela tinha mais do que um signi_ cado ou
que lhe provocavam mais do que uma só alegria
ou uma só tristeza...
Referência Bibliográ_ ca:
Amâncio, Íris África para crianças: histórias
e culturas africanas na educação infantil/ Belo
Horizonte: Nandyala, 2007 (Coleção Afrocult, Vol 1).

A Lenda do Tambor
Africano
Corre entre os Bijagós, da Guiné, a lenda de
que foi o Macaquinho de nariz branco quem fez a
primeira viagem à Lua. A história começou assim:
Nas proximidades de uma aldeia, os
macaquinhos de nariz branco, certo dia, de que
se haviam de lembrar? De fazer uma viagem à Lua
e trazê-la para baixo, para a Terra.
Ora numa bela manhã, depois de terem em
vão tentado encontrar um caminho por onde
subir, um deles, por sinal o mais pequeno, teve
uma ideia: encavalitarem-se uns nos outros. Um
agora, outro depois, a _ la foi-se erguendo ao céu
e um deles acabou por tocar na Lua.Embaixo,
porém, os macacos começaram a cansar-se e a
impacientar- se. O companheiro que tocou na Lua
nunca mais conseguia entrar. As forças faltaramlhes,
ouviu-se um grito, e a coluna desmoronouse.
Um a um, todos foram arrastados na queda e
caíram no chão. Apenas um só, só um macaquito,
por sinal o mais pequeno, _ cou agarrado à Lua,
que o segurou pela mão e o ajudou a subir.
A Lua olhou-o com espanto e tão engraçadinho
o achou que lhe deu de presente um tamborinho.O
Macaquinho começou a aprender a tocar no seu
tamborinho e por longos dias deixou-se _ car por
ali. Mas tanto andou, tanto passeou, tanto no
tamborinho tocou, que os dias se passaram uns
atrás dos outros e o macaquinho de nariz branco
começou a sentir profundas saudades da Terra
e das suas gentes. Então, foi pedir à Lua que o
deixasse voltar.
— Para que queres voltar?— Tenho saudades
da minha terra, das palmeiras, das mangueiras,
das acácias, dos coqueiros, das bananeiras.
A Lua mandou-o sentar no tamborinho,
amarrou-o com uma corda e disse-lhe:
— Macaquinho de nariz branco, vou-te fazer
descer, mas toma tento no que te digo. Não
toques o tamborinho antes de chegares lá abaixo.
E quando puseres os pés na Terra, tocarás então
com força para eu ouvir e cortar a corda. E assim
_ carás liberto.
O Macaquinho, muito feliz da vida, foi
descendo sentado no tambor. Mas a meio da
viagem, oh!, não resistiu à tentação. E vai de
leve, levezinho, de modo que a Lua não pudesse
ouvir, pôs-se a tocar o tambor tamborinho.
Porém, o vento soltando brandos rumores fazia
estremecer levemente a corda. Ouviu a Lua os
sons compassados do tantã(1) e pensou:
O Macaquinho chegou à Terra’. E logo mandou
cortar a corda.E eis o macaquinho atirado ao
espaço, caindo desamparado na ilha natal. Ia
pelo caminho diante uma rapariga cantando
e meneando- -se ao ritmo de uma canção. De
repente viu, com espanto, o infeliz estendido no
chão. Mas tinha os olhos muito abertos, despertos,
duas brasas produzindo luz. O tamborinho estava
junto dele. E ainda pôde dizer à rapariga que
aquilo era um tambor e o entregava aos homens
do seu país.
A moça, ainda não refeita da surpresa, correu
o mais velozmente que pôde a contar aos
homens da sua raça o que acabava de acontecer.
Veio gente e mais gente. Espalhavam-se archotes.
Ouviam-se canções. E naquele recanto da terra
africana fazia-se o primeiro batuque(2) ao
som do maravilhoso tambor.Então os homens
construíram muitos tambores e, dentro em pouco,
não havia terra africana onde não houvesse
esse querido instrumento.Com ele transmitiam
notícias a longas distâncias e com ele festejavam
os grandes dias da sua vida e a sua raça.
O tambor tamborinho _ cou tão querido e tão
estremecido do povo africano que, em dias de
tristeza ou em dias de alegria, é ele quem melhor
exprime a grandeza da sua alma.”
FERREIRA, Manuel (escritor de Guiné-Bissau).
No Tempo em que os Animais Falavam, Colecção
Novas Leituras Africanas de Língua Portuguesa –
Vol. 5, Editorial do Ministério da Educação.
(1) tantã – tambor
(2) batuque – dança especial acompanhada
por instrumentos em que se bate.

COMO SURGIU A
GALINHA D”ANGOLA
Antigamente as aves viviam felizes nos campos
e _ orestas africanas, até que a inveja se instalou
entre elas tornando insuportável a convivência.
Nessa ocasião, quase todos os pássaros
passaram a invejar a família do Melro, que era
muito bonito. O macho, com sua plumagem
negra e seu bico amarelo –alaranjado, despertava
em todos a vontade de ser igual a ele. As fêmeas
tinha o dorso preto, o peito pardo-escuro,
malhado de pardo-claro, e a garganta com
manchas esbranquiçadas. Elas causavam inveja
maior ainda.
O Melro, vaidoso, certo de sua beleza,
prometeu que se todas as aves o obedecessem
usaria seus poderes mágicos e os tornaria negros
com plumagem brilhante. Entretanto, os pássaros
logo começaram a desobedecê-lo. Então ele,
furioso, jurou vingança, rogou-lhes uma praga e
deu-lhes cores e aspectos diferentes.
Para a Galinha D”Angola, disse que seria
magra e sentiria fraqueza constante. Fez com que
seu corpo se tornasse pintado assim_ como o de
um leopardo. Dessa forma, seria devorada por
aqueles felinos, que não suportariam ver outro
animal que tivesse o corpo tão belo, pintado de
uma maneira semelhante ao deles. Ela pagaria
assim por sua inveja. E foi isso que aconteceu.
Desde esse dia a Galinha D”Angola, embora
seja muito esperta e voe para fugir dos caçadores,
vive reclamando que está fraca, fraca. Com suas
perninhas magras, foge com seu bando assim
que surge algum perigo e é muito difícil alcançála.
Suas penas, cinzas, brancas ou azuladas, são
sempre manchadinhas de escuro tornando as
galinhas d”angola belas e cobiçadas.
Referências.
PRADO, Zuleika de Almeida. Muitos mitos,
lindas lendas. Editora Callis, 2007. São Paulo. 1ª.
Edição. Ilustrações de Iontr Zilberman. P. 9.