quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Avaliação Institucional da FAEL está disponível no ambiente acadêmico

Prezados alunos,

A Comissão Própria de Avaliação - CPA da FAEL é o órgão responsável pelo processo de avaliação da instituição, a qual tem como objetivo identificar potencialidades e fragilidades, bem como buscar junto a todos os setores, ações de melhoria na qualidade do ensino ofertado, seja nos aspectos pedagógicos, como administrativos e de infraestrutura física.
Nesse sentido, a CPA da FAEL convida os acadêmicos a responderem o questionário de autoavaliação, referente ao desempenho dos professores e das disciplinas do primeiro semestre de 2013.
Acesse o site www.fael.edu.br e confira como realizar o questionário de autoavaliação institucional, que estará disponível do dia 24 de setembro a 15 de outubro de 2013.

Atenciosamente,
Comissão Própria de Avaliação - CPA/FAEL

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Idade certa para colocar crianças na escola divide pais



Sofia, 5, frequenta instituições de educação infantil desde o primeiro ano de vida. Já Mattias, 3, nunca entrou em uma escola. Apesar de viverem realidades distintas, essas crianças têm algo em comum: estão felizes, saudáveis e se desenvolvem bem.
É o que dizem as mães, ambas satisfeitas com a decisão que tomaram sobre o início da vida escolar dos filhos.
O momento certo para que isso aconteça é uma dúvida para muitos pais. Para especialistas, a resposta depende da avaliação do que a família e a escola têm a oferecer.
“A criança precisa de oportunidades para se desenvolver. Muitas vezes, essas oportunidades estão na escola”, afirma Lino Macedo, do Instituto de Psicologia da USP.
Segundo ele, a atual configuração das famílias, com pais atarefados e falta de interação com outras crianças, torna o ambiente doméstico pouco estimulante.
Foi o que percebeu a roteirista Mariana Pamplona, 40. A casa não bastava para a “novidadeira” Sofia. “Ela ficava entediada. Havia uma vontade grande de se relacionar com outras crianças”, diz.
Já no caso da autônoma Anna Gallafrio, 32, mãe de Mattias, a intenção era fortalecer os laços familiares antes de ele ir para a escola.
A família vive em Ubatuba, no litoral paulista. Anna não trabalha no horário comercial e pode ficar com o filho quando o marido está fora.
“Aqui temos vários espaços que são verdadeiras fontes de aprendizado. Visitamos parquinhos, aquário, bibliotecas, livrarias e vamos à praia e ao sítio”, conta.
Chefe do setor de neuropediatria da Unifesp, Luiz Celso Vilanova diz que o importante é oferecer atividades que permitam a experimentação por conta própria. “É como jogar tênis: você não aprende se ficar só observando. Precisa praticar. Com a criança é a mesma coisa.”
Especialistas ouvidos pela Folha afirmam que, do ponto de vista pedagógico, não existe uma idade ideal para a iniciação em uma instituição de ensino. Por lei, a matrícula é obrigatória a partir dos quatro anos (leia abaixo).
Para a pedagoga Silvia Colello, da Faculdade de Educação da USP, os pais devem levar em consideração a necessidade de socialização e exploração da criança – especialmente aos três anos. “A partir dessa idade, estar fora da escola já resulta em uma perda desse ponto de vista.”
Isso não quer dizer que manter o filho por mais tempo em casa seja um erro.
“A criança tem uma grande capacidade de reação. Com o tempo, ela recupera qualquer impacto”, diz a pedagoga Zilma Oliveira.

O QUE DIZ A LEI
O MEC reduziu de seis para quatro anos a idade mínima obrigatória para ingresso na educação básica – da educação infantil ao ensino médio.
A alteração foi incluída na Lei de Diretrizes e Bases da Educação em abril. Pais e escolas têm até 2016 para se adaptar.
Para acompanhar o desenvolvimento da criança até os três anos, acesse o link da Folha de S.Paulo, abaixo:

Fonte: Folha de S.Paulo

4 aspectos que irão mudar no ensino a distância



Você tem vontade de fazer um curso online, mas tem medo de se decepcionar? Confira 4 coisas que vão mudar nos próximos anos e irão melhorar o ensino a distância
Aos poucos, o ensino a distância tem sido cada vez mais procurado por pessoas que não tem tempo ou disposição para realizar um curso presencial. Por conta disso, as instituições têm desenvolvido cada vez mais as suas aulas e material de ensino, além de outras coisas.
A seguir, confira 4 aspectos que irão mudar nos cursos online:
1-      Estudo internacional
O mundo está diminuindo e, hoje em dia, é muito mais fácil entrar em contato com pessoas de outros países. Podemos falar com estrangeiros de forma rápida e acessível e, por conta disso, a educação internacional será muito mais acessível. Salas de aulas com alunos de diversas naturalidades serão comuns e tão eficientes quanto viajar para o exterior.
2-     Aprender na prática
As habilidades que um curso presencial exige de um aluno só irão aumentar nos cursos a distância. Habilidades como aprendizagem, adaptação, comunicação, analise de dados, uso de tecnologias, realizar pesquisas e trabalhar em grupo serão essenciais para todos os tipos de curso. Além do mais, todas essas características irão ajudar os alunos a aprender na prática o que estão estudando.
3-      Adaptações
Com o aumento de usuários interessados em aprendizagem à distância, os cursos online terão que se adaptar às novas demandas: flexibilidade de tempo, diminuição de barreiras geográficas, aumento da competitividade, menos ênfase em aulas de leitura, tecnologia avançada, que irá aproximar os alunos, diversidade cultural, desenvolvimento baseado na perspectiva do indivíduo e da organização e material atualizado.
4-     O que precisa mudar? 
Algumas mudanças, entretanto, não irão acontecer tão cedo, mesmo com a demanda atual. Entre elas, estão: conseguir provar o seu valor para o aprendizado adulto, antecipar as necessidades dos alunos, procurar formas criativas de lecionar, além de criar parcerias com editoras e outras instituições.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Materiais 12º Workshop

MATERIAIS NECESSÁRIOS AOS ALUNOS:
• Folhas brancas ( 2 por aluno)
• Lápis de cor

NOTÍCIAS SOBRE 12° WORKSHOP

Prezados alunos:

Que tal termos uns convidados especiais para o próximo workshop?
Convidamos SUAS crianças (filhos, afilhados e netos de nossos alunos que tenham entre 4 e 10 anos) para participarem de uma noite de brincadeiras. Para isso, solicitamos que vocês, se possível, tragam as crianças ao Polo na noite do Workshop.
Para as crianças se sentirem à vontade, devem trazer seu brinquedo favorito. (só não vale trazer bola, para evitar acidentes na sala de aula). Jogos seriam ideais! Mas deixem que as crianças escolham. Então fiquem ligados: verifiquem no seu Polo a data de seu próximo Workshop.
Lembrem-se, no entanto que as crianças requerem cuidados especiais, por isso seria interessantes trazerem um lanchinho para elas, bem como água e suco.
Se por ventura forem trazer crianças que não sejam de sua responsabilidade como filhos de vizinhas ou filhos de amigos, solicitamos que peçam autorização por escrito para os familiares delas. A FAEL não se responsabiliza pela segurança e cuidado das crianças, ficando a cargo dos adultos que as trouxeram essa tarefa.
Fiquem atentos: para que tenhamos um bom número de pessoas no workshop, solicitamos que cada aluno FAEL traga somente 1 (uma) criança.
Informamos ainda que respeitando o tempo das crianças, esse Workshop poderá ter uma duração menor do que os outros.
Não deixem de participar, venham conhecer mais sobre as reações e sobre o desenvolvimento infantil com aqueles que mais entendem do assunto: as próprias crianças!
Obs. Tragam as máquinas fotográficas. Vamos querer as fotos destes eventos. (para isso pedimos que assinem no Polo uma autorização do uso da imagem de vocês e das crianças em nossas aulas, se assim desejarem)
Lembramos também que não é obrigatória trazer a criança.
Esperamos por todos! Um grande abraço,
Prof.ª Luciana de Luca
Coordenadora Pedagogia FAEL
Prof.ª Maristela Metz
Coordenadora dos Estágios e do CAPA (Centro de Atendimento Psicopedagógico ao Acadêmico)

ATIVIDADES PEDAGOGIA EAD – FAEL – 2º SEMESTRE – 2013



ATIVIDADES PEDAGOGIA EAD – FAEL – 2º SEMESTRE – 2013
AGOSTO
01 – Reunião com todas as alunas – 9º Workshop – Centro de Desenvolvimento Rural – 19h
01/08 a 20/09 – Exercícios Avaliativos
22 – 10º Workshop Turma 02: 19h
26 – 10º Workshop Turma 03: 19h
28 – 10º Workshop Turma 01: 19h
30 – 10º Workshop Reposição: 19h

SETEMBRO
01 a 20/09 Avaliações Presenciais – Agendamento
09 – 11º Workshop Turma 03: 19h
11 – 11º Workshop Turma 02: 19h
12 – 11º Workshop Turma 01: 19h
13 – 11º Workshop Reposição: 19h
16 – Reunião com ex-alunas FAEL turma 2007:19h
20 – Formatura de Pedagogia – Turma 2009/2: 19h
20 a 30 – Avaliação Objetiva
23 – 12º Workshop Turma 03: 19h
25 – 12º Workshop Turma 02: 19h
26 – 12º Workshop Turma 01: 19h
27 – Não haverá atendimento no Noturno
28 – Não Haverá Atendimento (Sábado)

OUTUBRO
01/08 a 20/09 – Exercícios Avaliativos
03 a 10 – Exame Final do Período Anterior
04 – 12º Workshop Reposição: 19h
07 – 13º Workshop Turma 03: 19h
07 a 28 – Meio Ambiente
09 – 13º Workshop Turma 02: 19h
10 – 13º Workshop Turma 01: 19h
11 – 13º Workshop Reposição: 19h
14 – Não Haverá Atendimento Noturno
15 – Dia do Professor
17 – Workshop Especial com ex-alunas
23 – 14º Workshop Turma 02: 19h
24 – 14º Workshop Turma 01: 19h
25 – 14º Workshop Reposição: 19h
26 – Não Haverá Atendimento (Sábado)
28 – 14º Workshop Turma 03: 19h

NOVEMBRO
01 a 20 – Avaliações Presenciais – Agendamento
11 – 15º Workshop Turma 03: 19h
13 – 15º Workshop Turma 02: 19h
14 – 15º Workshop Turma 01: 19h
20 a 30 – Avaliação Objetiva
20/11 a 06/12 – Campanha de Alimentos
21 – 16º Workshop Turma 01: 19h
25 – 16º Workshop Turma 03: 19h
27 – 16º Workshop Turma 02: 19h

DEZEMBRO
02 – 1º Dia: Semana da Experiência
03 a 10 – Exame Final do Período Anterior
04 – 2º Dia: Semana da Experiência
05 – 3º Dia: Semana da Experiência
06 – 4º Dia: Semana da Experiência
20/11 a 06/12 – Campanha de Alimentos
19 – Sorteio: Promoção: Aproveite Já

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Graduação em Pedagogia da FAEL é estrelada no Guia do Estudante

O curso de graduação em pedagogia da Faculdade Educacional da Lapa – FAEL foi novamente destacado no Guia do Estudante – GE, da Editora Abril.
A avaliação é realizada considerando-se diversos critérios como qualificação do corpo docente, qualidade dos conteúdos e estrutura do curso.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Pais não acompanham a rotina escolar dos filhos

Quase 70% dos brasileiros não supervisionam os deveres de casa das crianças e mais de 40% não sabe o que elas fazem no tempo livre
A cada dez pais brasileiros que possuem filhos entre 13 e 15 anos, sete não estão informados sobre os deveres de casa do adolescente, e não sabem se eles entregam ou não a tarefa exigida pelos professores. Além disso, 40% deles não sabem o que as crianças fazem durante o tempo livre, e 25% desconhece que o filho havia faltado às aulas. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), coletados ao longo do ano de 2012 e divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que ouviu 109 mil estudantes matriculados no 9.º ano do ensino fundamental de 2,8 mil escolas do país.

Consequências

Falta de diálogo e desinteresse gera noção de falsa realidade
A falta de diálogo e o desinteresse dos pais pelas atividades dos filhos gera uma noção falsa da realidade, contribuindo para um ciclo vicioso, de acordo Dulce Bais, enfermeira e professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR) na área de Educação para a Saúde. “Os pais não conversam com os filhos, não dialogam e o adolescente passa a agir escondido. Como ele não fala no assunto e esconde o que faz, os pais acham que está tudo bem. Cria-se um acordo silencioso entre as partes”.
Em relação ao álcool, o ideal é que os pais evitem beber na frente dos filhos ou oferecer a eles um gole da bebida. Mas que, assim que tenham idade para consumi-la, é preciso ensiná-los a beber de forma dosada. “No Sul, beber vinho é tradição de família. Então, é possível introduzir a bebida aos 15, 16 anos, mas junto com comida, numa ocasião específica”, opina professora de psiquiatria da Faculdade de Medicina da Unesp Florence Kerr Corrêa.
27,1% dos estudantes do 9º ano do ensino fundamental, entre 13 e 15 anos de idade, também informaram na pesquisa realizada pelo IBGE que já dirigiram um veículo motorizado – o que é proibido por lei. 19,3% desses jovens afirmaram ter andado de motocicleta sem usar capacete, outra irregularidade.
A pesquisa também apontou que os jovens estão cada vez mais expostos a fatores de risco, como o uso de drogas ilícitas (maconha e crack foram as citadas), cigarro e álcool (66% já experimentaram bebida alcóolica, e 21% já ficaram embriagados). Quanto ao uso de drogas, 7,3% já experimentaram alguma substância. Destes, 19% usaram maconha e 3% usaram crack. O cigarro foi experimentado por 19,6% dos alunos. Os dados revelaram também que 28,7% dos entrevistados já tiveram relações sexuais e, destes, 25% afirmaram que não usaram preservativo na última vez em que fizeram sexo.
Para o gerente de Esta­­tísticas Vitais e Estimativas Populacionais do IBGE, Marco Ratzsch de Andreazzi, a pouca participação dos pais na vida dos filhos está intimamente relacionada ao comportamento arriscados que eles assumem fora da escola. “São fatores de risco na adolescência já bem conhecidos, com os quais a própria ONU trabalha, e leva-se em conta se eles moram com pais, se estes sabem o que seus filhos fazem no tempo livre, se há tranquilidade para que o filho conte sobre seus problemas. Tudo isso mostra que há, sim, uma relação. Agora, com os números do IBGE, cabe à sociedade explorá-los e discuti-los de forma aprofundada”.

30% das meninas já tentou emagrecer
A pesquisa sobre saúde escolar divulgada ontem pelo IBGE também constatou que cerca de um terço (31,1%) das meninas tentavam emagrecer. Dentre elas, 6,4% das entrevistadas afirmaram ter induzido o próprio vômito ou tomado laxantes para obter esse objetivo. Ainda no que tange o peso, 16% delas tentavam engordar. Já entre os meninos, um percentual menor (21%) tinha como objetivo perder peso, num resultado um pouco superior aos 19,6% que desejavam ganhar peso. “É importante notar que 19,1% das alunas do 9º ano do ensino fundamental se achavam gordas ou muito gordas e, no entanto, uma proporção maior (31,1%) relatou que tentava perder peso”, ressalta o instituto.
Considerando as escolas da rede pública e privada, observou-se que existe uma diferença de mais de 12 pontos percentuais entre os alunos das escolas particulares que tentaram perder peso (36,4%) e aqueles que frequentavam escola pública e tomavam essa atitude (24,2 %), segundo o IBGE. Os dados mostram ainda que a ingestão de medicamentos, fórmulas ou outro produto com a intenção de ganhar peso ou massa muscular sem acompanhamento médico atingia 6,2% dos estudantes.
“Chamou a atenção o fato de que 8,4% do meninos declararam ter tomado essa atitude, enquanto que a metade desse porcentual (4,2%) é de meninas que declararam tê-lo feito, nos 30 dias que precederam a pesquisa”, ressalta o IBGE. O dado sinaliza o uso de anabolizantes por jovens, ainda na adolescência.

Fonte: Gazeta do Povo

“Na escola se aprende, não se ensina”

Bernardo Toro, educador, escritor e filósofo colombiano
Quando o assunto é educação, poucas pessoas são ouvidas com tanta atenção quanto o escritor e filósofo colombiano Bernardo Toro, 68 anos, um dos mais influentes pensadores da América Latina na atualidade. Com visões abrangentes sobre o tema, que levam em conta o papel das comunicações e das organizações não governamentais e a ideia da educação como um projeto político e um direito, Toro rechaça esquemas tradicionais de ensino, como aulas muito focadas em provas e no professor. Palestrante do Salamundo 2013, encontro internacional de educação ocorrido neste mês em Curitiba, ele apresentou ideias simples para melhorar a educação no Brasil: foco na escrita e na leitura e a importância de uma educação igualitária para todos. Ele falou à Gazeta do Povo após a sua participação no evento. Confira os principais trechos da entrevista:

Por que o senhor diz que devemos parar de priori­­zar o ensino e focar na aprendizagem?
Se o ensino é mais importante do que a aprendizagem e algo vai mal, os culpados são os alunos. Se a aprendizagem é mais importante, são os adultos – nós – os que têm a responsabilidade de mudar as coisas. A escola é lugar de aprender e não de ensinar. O professor é responsável pela aprendizagem, não pela classe. Um educador não é o profissional que dá aulas. A aula não define a profissão. Todos aqui podem dar aulas, é fácil. O que não podemos é fazer com que alguém aprenda. Isso é diferente. Se não mudarmos esses mecanismos, o aluno continuará sendo o culpado do fracasso e nada mudará.

Como fazer isso na prática?
No momento em que se foca na aprendizagem do aluno e passa a não acusar as crianças pelo fracasso, mas a escola, os administradores públicos… isso vai melhorar. Temos de criar condições para que a aprendizagem ocorra, para que o professor se responsabilize por isso. Se quisermos que o educador foque na aprendizagem, temos de dar condição. E a condição para que a escola melhore não deve partir do educador, mas da sociedade civil.

Quais os desafios do Brasil? Por onde começar?
Eu sempre insisto: o Brasil, a Colômbia, a América Latina não vão mudar a educação enquanto não focarem em um problema fundamental, o nosso maior problema: a escrita e a leitura. 50% das crianças latino-americanas não leem e não escrevem bem. Na América Latina, apenas 12% das crianças, de escolas públicas ou privadas, alcançam bons níveis. Se não enfrentarmos o problema da leitura e da escrita, estaremos construindo sobre pisos falsos. Ler e escrever são atividades cotidianas que não aparecem, não são vistosas, e é aí que está o perigo.

Em relação ao professor, se fala em aumentar a competitividade entre eles e propor bônus para os melhores. Os críticos dizem que isso é responsabilizar o professor pelos erros do governo. O que o senhor pensa sobre isso?
Um bom professor é aquele que consegue fazer com que todos os seus alunos aprendam o que precisam aprender no momento em que devem aprender, e que aprendam com felicidade e solidariedade. Dar aula não é a profissão do educador. O professor é o profissional do aprendizado e sua competência é definida pela quantidade de aprendizados úteis que consegue fornecer às crianças.

No Brasil, muitos jovens desistem da escola por viverem em condições de pobreza e terem de trabalhar muito cedo. Esse fator é levado em conta pelas autoridades como deveria?
O critério geral é o seguinte: quanto mais pobre é uma população, maior deve ser a qualidade de suas escolas e colégios porque os pobres não podem substituir o que a escola não oferece. Com esse critério, há mais de 12 anos se iniciou em Bogotá a política de “colégios de concessão”. Selecionava-se um colégio privado de qualidade reconhecida pela sociedade e pedia-se que se construísse outro da mesma categoria em um bairro muito pobre, com recursos da cidade. Só podiam entrar as crianças do bairro onde se localizava o colégio. Os pobres, assim como os ricos, sabem distinguir a educação de qualidade e querem-na para seus filhos.

Há um projeto do senador Cristovam Buarque para que todos os alunos estudem em escolas iguais. Essa é uma boa estratégia?
Creio que esta é a melhor estratégia e a única que faria possível ter um sistema de educação de alta qualidade, pois articularia as elites educacionais do Estado com as do setor privado. Quando falo em elite educacional, não falo apenas das pessoas que têm dinheiro, mas sim das pessoas que têm poder de decidir e de influenciar. Não é uma questão de dinheiro, de mais professores, de mais material. É preciso vontade política.

Uma pergunta mais pessoal: o que levou o senhor a se interessar pelo tema da educação? Qual é o maior desafio que já enfrentou?
Entendo que uma boa educação pode mudar a vida de qualquer pessoa, em especial a dos mais pobres. Meu maior desafio é conseguir fazer da educação um bem público, é dizer que podemos ter uma educação de igual qualidade para todos. Devemos eliminar a existência de dois sistemas educacionais de qualidades diferentes – o estatal e o privado – para termos um sistema educacional de igual qualidade para todos.


Fonte: Gazeta do Povo