No dia 6
de junho de 2013, o polo da Faculdade Educacional da Lapa – FAEL, em São José
dos Campos, realizou o sétimo workshop do curso de pedagogia da instituição.
Durante o
encontro, os acadêmicos discutiram um tema de extrema importância para o estudo
e conhecimento de nossos futuros pedagogos: a alfabetização infantil.
“A
alfabetização é, sem dúvidas, o momento mais importante da formação escolar de
uma pessoa. Por isso, a leitura e a escrita talvez sejam as atividades
acadêmicas que mais têm recebido atenção nas últimas décadas”, explica
Veridiana Almeida, professora do curso de pedagogia da FAEL.
A docente
explica que a leitura e a escrita são essenciais na formação dos indivíduos, já
que, além de serem instrumentos de acesso às demais áreas do conhecimento,
constituem-se em um meio de cultura pessoal, ou seja, são indispensáveis para
que o indivíduo se adapte e se integre ao meio social.
As
pessoas que têm dificuldades em utilizar essas duas funções encontram diversos
problemas, como: usar um transporte público; pedir uma refeição em um
restaurante, utilizando cardápios; preencher um formulário no banco; assinar um
contrato, entre outros momentos em que precisamos dominar a leitura e a
escrita.
“Todas
essas situações justificam a preocupação que os educadores têm dispensado a
esses níveis de linguagem. As tarefas precisam ser trabalhadas de acordo com a
necessidade individual da criança e o professor deve ter em mente a importância
de atividades bem elaboradas no período da alfabetização, já que, classes
homogêneas não existem”, esclarece a professora.
Samantha
Souza da Silva, assistente acadêmica do polo da FAEL em São José dos Campos,
conta que, durante o workshop, os acadêmicos aprenderam a confeccionar
materiais para realização de atividades práticas com alunos, como o alfabeto
móvel com ilustrações e o quadro de pregas.
“No vídeo
apresentado durante a reunião, a professora Veridiana deu alguns exemplos
enriquecedores e criativos para professores e pedagogos desenvolverem na
criança, a vontade de estudar e obter conhecimento”, diz Samantha.
Neste
contexto, Veridiana explicita que a maioria das atividades na alfabetização
deve possuir caráter lúdico, o qual, sem impor regras rígidas, permite atingir
o objetivo maior: que as crianças se tornem crianças-leitoras.
“Cada
atividade deve ser um evento de letramento, cada ideia deve ser um caminho de
libertação, um passo para a formação real de um leitor competente, pois, ao
ativar a imaginação e dar ao aluno um contexto efetivo, considera-se a história
de leitura das crianças e as diferenças individuais”, expõe a docente.
Jéssika
Araújo, que também é assistente do polo de São José dos Campos, comenta que ao
assistir o vídeo do workshop, os alunos puderam sanar algumas dúvidas sobre a
alfabetização e perceberam como este processo é importante e necessário nos
anos iniciais do ensino básico.
Em
relação à aplicação das atividades desenvolvidas em salas de aula, Veridiana
relaciona algumas práticas que o docente pode utilizar para envolver estudantes
no processo de construção da escrita, tais como:
- Criar um ambiente letrado em
que a leitura e a escrita estejam presentes mesmo antes que a criança
saiba ler e escrever convencionalmente.
- Utilizar textos reais, que
circulam na sociedade;
- Considerar o conhecimento
prévio das crianças, pois, embora pequenas, elas levam para a escola o
conhecimento que advém da vida;
- Participar com as crianças
de práticas de letramento, ou seja, ler e escrever com função social;
- Utilizar textos
significativos, pois é mais interessante interagir com a escrita que
possui um sentido, constitui um desafio e dá prazer.
A docente
aponta que, por meio das atividades, o professor terá grandes possibilidades de
perceber o desenvolvimento de cada um dos seus alunos e de adaptá-las em
consonância com as necessidades efetivas em sua classe.
“Cada
atividade deve ser planejada para que a criança interaja em todos os momentos,
com seus pares, seu professor, seu ambiente, afim de efetivamente, compreender.
Enquanto a criança brinca, ela aprende (porque se integra, vivencia, participa
ativamente do momento educacional) e, desse modo, trabalha seu desenvolvimento
cognitivo, social e afetivo”, finaliza a docente.
Todos os
polos estão realizando estas atividades práticas.
Jaqueline
Damasio Moreira