O critério para eliminar um corretor de redação do Enem (Exame
Nacional do Ensino Médio) será mais rigoroso a partir de 2013, afirmou o
ministro Aloizio Mercadante (Educação) na manhã desta quarta (10). Ele
participa de audiência pública sobre prioridades e planejamento da pasta
na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Segundo o ministro, um corretor que tenha nível abaixo de 7 nas suas
correções em relação ao grupo será eliminado — anteriormente esse índice
era 5. Quando maior é número, menor é diferença entre as notas dadas
pelo corretor e os outros avaliadores (o que demonstra coerência em seu
trabalho). A escala vai de zero a dez.
A “demissão” ocorre durante o processo de correção das redações. Para
se ter uma ideia, 300 professores foram afastados durante o processo de
avaliação do Enem 2012 por não corresponderem aos critérios de
qualidade estabelecidos pela organização do exame. O total de corretores
era de 5.300.
Essa mudança faz parte de um pacote de medidas anunciadas após a
divulgação de redações com deboche que obtiveram nota média – um texto
com uma receita de miojo ficou com 560 e outra que trazia trechos do
hino do Palmeiras obteve 500 pontos, numa escala que chega a 1.000.
Deboche nota zero
O ministro, em conjunto com o presidente do Inep (Luiz Cláudio
Costa), já havia divulgado que as redações com ” inserções
indevidas” seriam anuladas se elas fossem algum tipo de deboche ou
piada. A tal inserção indevida é um trecho colocado no meio do texto sem
conexão com o restante.
Outra medida seria uma revisão a mais para as redações nota 1.000 – elas serão avaliadas também por um banca de especialistas a partir deste ano, prometeu Mercadante.
O jornal carioca “O Globo” mostrou que redações com nota máxima na
avaliação do Enem 2012 tinham erros de ortografia, como “rasoavel”,
“enchergar” e trousse”. As “melhores” redações do Enem também traziam
erros de concordância verbal e pontuação.
Fonte: Portal UOL Educação
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